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sábado, 7 de junho de 2014


I) CRÔNICA

     INSENSATO VAZIO


Por que você se irrita a todo instante com seus semelhantes, no trânsito, em casa, no trabalho, algures e alhures, no arrastado das aflições do seu espírito torturado por sua renitente infelicidade?
Por que você, que tem beleza, propriedades, respeito, amor e a infinita delícia da continuidade de linhagem  em seus filhos, a tudo menoscaba com sua irritadiça manifestação envolta em constante insatisfação?
Por que você, assoberbada em arrogância, como se morasse na cobertura do conhecimento, coloca o mundo à sua volta num amplo porão de ignorância?
Por que você, que nunca leu os filósofos, nunca percorreu os enigmas da metafísica e nada sabe da doçura da alma, não se entrega ao enlevo dos sentimentos mais simples e inocentes?
Por que você, que nunca se deliciou com uma valsa de Strauss, nem caminhou pelas estrelas com o Pequeno Príncipe, escolheu, insensível e irrefletidamente, o áspero e estridente som da marreta na bigorna do ressentimento, que fere mais a si própria do que a outrem?
Por que você só grita, urra e ignora a magia do sussurro no carinho ao ouvido?
Por que você vive no vazio e na escuridão de si própria, desesperançada em si mesma e esquecida da condição finita da existência?
Por que você não tem nem réstia de  Pollyana, desconhece Sangri la e não sabe do sonho plácido de se percorrer o mágico caminho do arco-íris?
Por que você nada sabe da alegria dos simplesmente felizes?
Por que o desperdício?
Por que tanto vazio em vida?


II) COMPORTAMENTO

       90


                                              Charles Aznavour hoje.


Charles Aznavour é um dos mais populares e longevos cantores da França e também um dos mais conhecidos no exterior, onde teve grande projeção nos anos 1960, inclusive no Brasil.
Ganhou prêmios e honrarias e, sendo francês de origem armênia, foi nomeado embaixador da Armênia na Suiça em 2009.
Atualmente, faz apresentações pela Europa com as duas netas, que são cantoras, também.
Charles Aznavour tem 90 anos de idade. 
O tempo não tem limite para os determinados de espírito!



                                                 Charles Aznavour nos anos 1960.

III) PENSAMENTO

O tempo varre as lembranças, mas sobra um tanto no recôndito das impressões mais fortes.
Vive-se o inóspito hoje, duro, sem alma, sem tolerância, na sobrevivência de compromissos e obrigações.
Onde se amontoam as pessoas, faltam a fraternidade, o respeito e o carinho. Sobram individualismo, agressividade, falta de gentilezas e rostos sem nome.
O mundo não é uma valsa. É rufar de intolerância e indiferença!


IV) TÚNEL DO TEMPO

        ANOS INCRÍVEIS
        THE WONDER YEARS

                            
                                Os atores de Anos Incríveis hoje.

A série foi exibida no Brasil em meados de 1990 pela TV Cultura e depois TV Bandeirantes, Multishow, Rede 21 e voltou à TV Cultura, novamente.
Ela deverá ser lançada em DVD neste ano e trata de questões sociais e eventos históricos dos anos 1960 e 1970, com trilha sonora dos Beatles, entre outros.

                                           Kevin Arnold (Fred Savage) na série.

O protagonista é Kevin Arnold (Fred Savage), que vive com sua família e amigos as questões pertinentes à adolescência, com o pano de fundo histórico.
A série tem candura, bom senso e humor!

                                                                 Fred Savage hoje.

sábado, 17 de maio de 2014


I) CRÔNICA

     A ESTÉTICA DO DESMONTE



O mundo está passando por uma nova onda de mudanças desordenadas, numa forma contestatória e destrutiva dos valores humanos mais elementares e com a consequente predação do patrimônio público e privado.
Em alguns países, por motivações aparentemente políticas, destrói-se em nome de uma etnia minoritária que quer o poder de poucos sobre muitos.
Em outros, é o desejo de poder para se obter mais poder, esquecidos da finitude temporal, do homem e dos governos.
Em alguns, bloqueiam-se vias públicas, esquecidos dos ditames constitucionais; queimam-se meios de transporte, bem particular de uso público, numa ação atentatória contra si próprio, em primeiro lugar, como se fosse o direito mais natural daquele que reivindica sem saber exatamente "o que" e "por que," num incessante efeito dominó onde até a justiça pelas próprias mãos se estende pela decadente corrente.
O ordenamento jurídico ocidental, que teve no império romano as suas bases para equilibrar as relações sociais,  os direitos pessoais e de propriedade entre os homens civilizados, permanece como um bem de relativa utilidade porque se vive o império de uma autoritária idiossincrasia, como se a vontade própria tivesse o direito de submeter a ordem jurídica constituída, falha que seja,  os bens públicos e cada um dos seres humanos à sua volta.
O individualismo é a má faceta do homem, que sempre existiu, mas nos tempos hodiernos, tornou-se majoritário na alma da maioria, que é incauta e inculta.
O ser humano, principalmente na região abaixo da linha do equador, precisa de mais educação, saúde, segurança e infraestrutura de serviços públicos diversos, mas precisa também, de moto próprio, de infinitas leituras, boas maneiras, generosidade, humildade, compreensão e paciência, tesouros de difícil prospecção.
Em meio a tudo isso, resiste a lição do pensador inglês Thomas Hobbes, que no início do século XVII já dizia: "O maior predador do homem é o próprio homem."

II) LIVROS

       HERÓIS E MARAVILHAS DA IDADE MÉDIA
          JACQUES LE GOFF
          EDITORA VOZES
          EDIÇÃO 2009


O cinema e os livros sempre trouxeram até nós o mundo mítico, o factual e o imaginário da idade média, com castelos, muralhas, santos guerreiros e cavaleiros cruzados.
O Rei Arthur, a Távola Redonda, o Santo Graal, Ricardo Coração de Leão, Robin Hood e Merlin o Mágico ainda habitam nossa imaginação nos tempos presentes, como exemplos de idealismo, romantismo, cavalheirismo e luta denodada em favor do bem de todos.
O livro HERÓIS E MARAVILHAS DA IDADE MÉDIA, do historiador francês, recentemente falecido, Jacques Le Goff, acompanha os avatares do imaginário, de heróis e maravilhas daqueles tempos medievais, onde havia causas, idealismo e se sabia porque se estava lutando.


III) COMPORTAMENTO

         TRÂNSITO




O trânsito em São José dos Campos se torna, diariamente, mais difícil, com o constante crescimento da sua frota de veículos.
A cidade sempre teve seu sistema viário bem sinalizado e tem recebido constantes reparos e novas obras, mas tem como agravante a imprudência, a agressividade e a impaciência de motoristas sem compromisso com a cidade e com a vida humana, excetuada a sua, numa violência invisível e trágica.
Seria um grande avanço, embora muito distante ainda dos países de elevado grau de civilidade, ver pedestres: crianças, jovens e idosos, atravessando a faixa de segurança, sem correr pela própria vida, sabendo que aquele que tem o poder, no caso o motorista, respeitará o Código Nacional de Trânsito, minimamente.


IV) PENSAMENTO

        O TEMPO E O MOMENTO



Aristóteles, Platão e Kant, entre outros filósofos, buscaram explicar o tempo e o fizeram de diferentes maneiras.
O tempo é uma relação pessoal entre cada um de nós e o mundo à nossa volta. Ele passa de forma diferente: mais rápido para aquele que está em êxtase, em estado de felicidade e mais lentamente para quem está em estado de espera, de angústia.
O tempo pode ser empiricamente medido, então, pelo que somos e como vivemos o significado de cada instante de nossas vidas!


V) TÚNEL DO TEMPO

      UM TIRA DA PESADA  (1984)
      BEVERLY HILLS COP



A série é estrelada por Eddie Murphy como Axel Foley, um policial de Detroit que vai a Beverly Hills, Los Angeles, para resolver o assassinato do seu melhor amigo.
O filme levou Eddie Murphy, 53, ao estrelato mundial e foi o grande sucesso de 1984.
UM TIRA DA PESADA número 4 está sendo filmado e deverá ser lançado em 2015.


Além de ator, Eddie Murphy faz stand-ups, é escritor, cantor, diretor e músico. Tem intensa participação comunitária ajudando inúmeras instituições não-governamentais.

sábado, 26 de outubro de 2013


I) CRÔNICA

     CAIXA DE PANDORA

                                                            Pandore, por Jules Joseph Lefebvre, 1882.


Zeus, o soberano dos deuses, entregou a Pandora uma caixa bem fechada e ordenou a ela que não a abrisse. Mas, Pandora não resistiu à fraqueza da curiosidade e a abriu.
Os males do mundo então escaparam: a insanidade, a doença, a inveja, a descontrolada paixão, o vício, as doenças, as injustiças, a fome e tantos outros males.
Pandora tentou rapidamente fechá-la, mas somente um bem ficou na caixa: a esperança.
O mundo, que não é um eldorado, onde o ouro é a paz, a fraternidade, o idealismo, o respeito, as boas maneiras, a temperança, a isenção de julgamento e o amor desprendido, tende, cada vez mais, a ser conturbado, sobrecarregado de inúteis desinteligências, ressentidas opiniões críticas e busca irrefletida de poder de um sobre o outro, desde o núcleo familiar, onde as virtudes deveriam imperar, estendendo-se por todas as lides existentes no meio social.
A crítica parcial e sem fundamento, o protesto violento, o ódio sem sentido e a destruição patrimonial física e humana, são a nave-mãe de um mundo atabalhoado e inundado de impessoalidade e de uma comunicação rápida e superficial por meio eletrônico.
A compreensão, a paciência e a boa-vontade para o entendimento são a decorativa chave da caixa de Pandora que, renitente, ainda guarda  o melhor do ser humano, na incansável crença na esperança de que um dia tudo será diferente, tudo será o eldorado!




II) LIVROS



      MELISSA
      de Stefânia Andrade


A coleção Melissa tem como pilares a construção da identidade, a valorização da família e a reflexão acerca do mundo investigativo infantil.
Melissa é uma menina alegre, esperta e curiosa, de 5 anos de idade. No ambiente familiar, com sua curiosidade e inteligência ela apresenta a dicotomia: ela é uma criança grande ou uma criança pequena?
O primeiro livro da série tem também uma versão em inglês.
Stefânia Andrade é formada em pedagogia pela UNESP e tem especialização em alfabetização e educação infantil.
É imortal da Academia Joseense de Letras, ocupando a cadeira de nº 26.


III) COMPORTAMENTO

         O METRÔ (VLT) E A MUDANÇA


A mudança da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o Light Rail Vehicle (LRV), o metrô de superfície, comum em cidades grandes da Europa e Estados Unidos que têm que lidar com o crescimento populacional, o custo da operacionalidade do equipamento público  e a qualidade de vida dos seus cidadãos, da zona sul para o centro da cidade, é uma formidável notícia para a cidade.
O núcleo de uma cidade não pode se espalhar para as suas periferias, o que é uma realidade natural, saudável e necessária no seu processo evolutivo, sem que haja canais de comunicação em meio à sua infraestrutura básica de onde se origina e a nascente.
Há que se destacar que São José dos Campos teve administrações públicas inovadoras desde os seus tempos de Estância Climatérica e Hidromineral, mas 4 momentos são revolucionários no seu desenvolvimento:

1º) A decisão de doação da área do Campos dos Alemães para a instalação do atual DCTA (Departamento do Centro Técnico Aeroespacial) no final dos anos 1940 e de área anexa para a EMBRAER, na segunda metade dos anos 1960;

2º) O projeto e implantação do anel viário, hoje Complexo Viário Sérgio Sobral de Oliveira, a partir dos anos 1970;

3º) A abertura e os incentivos fiscais para a instalação de empresas de natureza comercial, de renome nacional, a partir dos anos 1970;

4º) O anúncio e o projeto de implantação do primeiro trecho do metrô de superfície (VLT), no centro da cidade.




IV) PENSAMENTO

Encontraram, no recôndito de suas almas, sem que um soubesse do outro, a felicidade, mas não sabiam se poderiam dela desfrutar, presos que estavam ainda ao recato da deliciosa abstração das expectativas da torrente de palavras e toques prestes a explodir sentimentos!


V) TÚNEL DO TEMPO

       O POETA CASSIANO RICARDO


O poeta Cassiano Ricardo era um representante do modernismo. Nascido em São José dos Campos em 1895, formou-se em direito no Rio de Janeiro e trabalhou como jornalista. Aproximou-se, principalmente, de Menotti del Picchia à época da Semana de Arte Moderna de 1922.
Em 1928, publicou Martim Cererê, importante experiência modernista primitivista-nacionalista.
Foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras em 1937. Faleceu no Rio de Janeiro em 1974.
Neste ano, a 47ª Semana Cassiano Ricardo, evento promovido pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo, presidida por Alcemir Palma, foi iniciada no dia 24 de outubro e estendendo-se até o dia 10 de novembro, quando estará sendo realizada a Bienal do Livro de São José dos Campos.
A 47ª Semana Cassiano Ricardo retoma suas origens e tem sua programação voltada para a obra de Cassiano Ricardo e tem a importante participação de imortais da Academia Joseense de Letras, presidida pelo poeta Wilson R.

sábado, 7 de setembro de 2013


I) CRÔNICA

      FRÁGIL CIVISMO

                                                        Tela de Pedro Américo


Considerado um dos mais importantes feriados do Brasil, o Dia 7 de Setembro, o Dia da Pátria, que tem suas origens em 1822, quando o povo brasileiro conseguiu sua independência de Portugal, pelas mãos de D. Pedro I, ele é, na prática, um dia longe do trabalho e o cenário do civismo são as praias e o lazer. A data é pouco comemorada, com desfiles em algumas cidades e com público limitado.
Civismo é um conceito de cidadania que é frágil para a maioria da pouco instruída população que constitui a sociedade brasileira.
O civismo da gente brasileira só se manifesta amplamente quando a seleção brasileira leva para dentro da arena sua paixão maior, o futebol, entretanto, mais por ele do que pelos valores da nacionalidade!


II) LIVROS
       
       LEANDRO REIS

       LEGADO GOLDSHINE

    



O escritor Leandro "Radrak" Reis, 34, é Bacharel em Computação e atua como Analista de Sistemas no setor aeroespacial. Fascinado pelas histórias de dragões, elfos e magia, criou seu mundo próprio de fantasia chamado Grinmelken. 




Seus principais trabalhos são o romance Garras de Grifo  e a trilogia Legado Goldshine, composta pelos livros Filhos de Galagah, O Senhor das Sombras e Enelock.




Leandro Reis é também palestrante e ocupante da cadeira nº 23 da Academia Joseense de Letras.




III) PENSAMENTO

         Não existe silêncio absoluto. Quietude pode significar entendimento, serenidade, apreciação e desejo de sentir o que de melhor as pessoas e o mundo à sua volta oferecem. É na quietude que a voz de dentro se manifesta e estabelece uma harmoniosa conversação com o melhor da criação humana!


IV) TÚNEL DO TEMPO
        
         INDEPENDÊNCIA OU MORTE
         1972




Independência ou Morte, um filme brasileiro bem feito, tratado com a seriedade que deve ser conferida à história de uma nação, mostra uma visão heroica e quase mítica do processo que levou à emancipação política do Brasil em relação a Portugal. Relata também o caso extraconjugal do príncipe/imperador D. Pedro I com a Marquesa de Santos.
O filme, entretanto, não trata de importantes questões sociais à época, como a escravidão.
Exibido, por muitos anos, todo dia 7 de setembro, em cinemas e na TV, o filme está hoje esquecido!
No elenco estão Tarcísio Meira, 77, que continua a atuar; Glória Menezes, 78, que atua no cinema e na TV; Dionísio Azevedo (1922-1994) e Kate Hansen, 61, que dá aulas de interpretação para TV e teatro.


domingo, 1 de setembro de 2013


I) CRÔNICA
     
      MOMENTOS OLVIDADOS


Nosso espírito e nosso coração apreendem momentos, enquanto nossa memória, com o inexorável passar do tempo, é, frequentemente, envolvida no largo manto do esquecimento.
O hoje é sempre importante, porque é um momento único de nossas vidas e que não mais se repetirTambém não nos apercebemos do quão importante ele é naquele momento: nós o vivemos, mas não o saboreamos.
Passamos a contemplar nosso hoje, que será então passado, somente num distante amanhã, vencidas todas as fainas, acalmados os espíritos, desenvolvida a sensibilidade e instalada a serenidade!

II) LIVROS
       
        A DECOLAGEM DE UM SONHO
        OZIRES SILVA

A Decolagem de um Sonho, com relatos autobiográficos, descreve os fatos e o esforço para a criação da Embraer e o desenvolvimento e comercialização dos primeiros aviões brasileiros.
A doação da área para a instalação da Embraer, junto ao D.C.T.A., contou com o decisivo apoio do então prefeito municipal, o advogado José Ferze Tau, que ocupando o cargo por somente 9 meses, teve notável visão de futuro.



Ozires Silva, engenheiro formado pelo ITA, piloto da FAB e coronel reformado, foi um dos fundadores e primeiro presidente da Embraer. Atualmente exerce o cargo de reitor da Unimonte e é ocupante da cadeira nº 11 da Academia Joseense de Letras.

III) COMPORTAMENTO

         BUS RAPID TRANSIT
         CORREDORES DE ÔNIBUS

(foto - Vanguarda)
Com os corredores de ônibus, os espaços para os motoristas de carros "encolheram." As avenidas dos corredores, apesar de largas para os padrões da maioria das cidades brasileiras, não são suficientes para o crescente aumento do números de veículos.
O indisciplinado comportamento de motoristas, de ônibus e carros, avessos ao cumprimento das normas no trânsito, como é da natureza da sua herança genética ibérica, dirigindo pelos caminhos por onde bem lhe aprouver, não torna a implantação fácil.
Sem radares e outras formas de fiscalização, a "exclusividade" dos corredores de ônibus será iniciativa que não tem autoridade nem valia!

IV) PENSAMENTO
        Viver em mar de rosas é para contos infantis, enquanto se forma o melhor da alma. O adulto, cria uma câmara de tortura dentro de si próprio e não se apercebe de que alma de criança pode durar uma eternidade: basta força de espírito e acreditar que o arco-íris não é uma ficção!

V) TÚNEL DO TEMPO

       THE GODFATHER
       O PODEROSO CHEFÃO
       1972


Dirigido por Francis Ford Coppola, o filme é ganhador de 4 prêmios Oscar e está presente em qualquer lista dos 10 melhores filmes de todos os tempos.
Com Marlon Brando e Al Pacino nos papéis principais, o filme teve uma conturbada história nos bastidores: o estúdio preferia Lawrence Olivier ou Ernest Borgnine no papel que viria a ser de Marlon Brando e lhe daria o Oscar de Melhor Ator.
Para o papel de Michael Corleone, o estúdio, a Paramount, queria Robert Redford, Jack Nicholson, Dustin Hoffman ou Warren Beatty, mas prevaleceu a vontade de Francis Ford Coppola que queria Al Pacino, cuja carreira deslanchou após este filme e sua sequência, The Godfather II.
O filme teve um orçamento de 6 milhões de dólares e rendeu 245 milhões de dólares.
The Godfather ganhou o Oscar de melhor filme de 1973 e Francis Ford Coppola, o de Melhor Diretor.




sábado, 10 de agosto de 2013

I) CRÔNICA

     INDIVIDUALISMO



Na cidade que cresce continuamente, pensa-se somente em si próprio. As ruas têm milhares de proprietários sem escritura passada em cartório. A tensão latente explode por inutilidades. Desenvolve-se uma cultura de valores e direitos de si próprio, onde a fraternidade é gema rara e os direitos dos outros são intoleráveis incômodos.
É a cidade que cresce como uma massa uniforme, sem rosto!


II) LIVROS

       SETOR 27
       Daniel Pedrosa

 

A série SETOR 27, do escritor Daniel Pedrosa está entre suas obras mais conhecidas. Em SETOR 27 - O SEGREDO DO IMPERADOR, o pano de fundo da obra é o Brasil do regime militar. Em SETOR 27 - AMEAÇA NUCLEAR, ele conta a história de um laboratório no interior de Goiás que é invadido por militares e seu principal cientista foge, levando consigo a chave para a utilização de uma tecnologia cobiçada em todo o mundo. Em SETOR 27 - O PREÇO DA IMORTALIDADE, descreve uma jornada na era medieval onde os vampiros não vivem só na nossa imaginação.



          Daniel Pedrosa é escritor e imortal da Academia Joseense de Letras.


III) COMPORTAMENTO

         SEM LIMITES OU PRECONCEITOS


Ativa aos 100 anos de idade, a pintora Tomie Ohtake vai fazer 15 exposições pelo país ainda este ano.




Japonesa de nascimento, pintou seu primeiro quadro aos 39 anos. Mãe do renomado arquiteto Ruy Ohtake, que projetou o prédio da Câmara Municipal de São José dos Campos e do arquiteto e artista gráfico Ricardo Ohtake, que é diretor do Instituto Tomie Ohtake e já foi Secretário da Cultura do Estado de São Paulo (1993-1995), ela apresentou a exposição Influxo nas Formas neste sábado, dia 10, em São Paulo.
O otimismo, a vontade de fazer e criar, aliadas a uma boa natureza biológica, tornam a idade um fator irrelevante. Ela escolheu não estar velha antes do tempo!


IV) PENSAMENTO
        Viver é um contínuo exercício de racionalidade e sensibilidade, num caminhar de mãos dadas, onde as escolhas simples, de difícil prospecção, são os tesouros de felicidade!


V) TÚNEL DO TEMPO

          A NOVIÇA REBELDE
          1965


Lançado em 1965, A Noviça Rebelde, ganhador de 5 prêmios Oscar, entre eles, o de melhor filme, foi filmado em Salzburg, Áustria, terra do compositor Wolfgang Amadeus Mozart e conta a história dos Von Trapp, que se tornou uma família de cantores graças à noviça Maria que abandonou o hábito e veio a se casar com o chefe da família, o Capitão Georg Von Trapp. Eram os tempos da invasão da Áustria por Hitler.




Christopher Plummer e Julie Andrews foram os atores principais. No último mês de julho, trajes e objetos do filme foram vendidos por 2 milhões e 300 mil reais em um leilão em Hollywood, Los Angeles, California.



 As 7 crianças que atuaram no filme vivem nos Estados Unidos e têm atividades ligadas ao cinema, teatro e informática. Christopher Plummer e Julie Andrews continuam a atuar e com sucesso.





domingo, 30 de junho de 2013

I) CRÔNICA

     PROTESTOS

                                             MAIO 1968



No mês de maio do ano de 1968, em Paris, na França, ocorreu uma onda de protestos que teve início com manifestações estudantis para pedir reformas no setor educacional. O movimento cresceu tanto que evoluiu para uma greve de trabalhadores que balançou o governo do então presidente da França, Charles De Gaulle. Os universitários se uniram aos operários e promoveram a maior greve geral da Europa. Isso enfraqueceu politicamente o presidente, que renunciou um ano depois.


                                                        1968 NO BRASIL

 

O Brasil também teve movimento estudantil em 1968, embora com diferentes reivindicações e motivações políticas. Em comum, o sentimento de opressão e a disposição para lutar por ideais. No Brasil, o movimento estudantil lutou contra a ditadura dos militares. 



                                                               JUNHO 2013

A onda de protestos no Brasil, que se iniciou contra o aumento do preço das passagens de ônibus, em várias cidades, se transformou em protesto contra a corrupção, perspectiva de impunidade de políticos condenados por corrupção e o uso desmedido de verbas federais para a construção de estádios de futebol enquanto a saúde, a educação, os transportes e a dignidade são precários.



                                                      HOMEM CORDIAL

O homem cordial, descrito pelo historiador Sérgio Buarque de Hollanda é aquele que, desde tempos coloniais, quando detentor de posição pública, não distingue entre o público e o privado, sendo os amigos como uma família, com todos os seus usos, favores e apoiamentos pessoais, mas, usando o patrimônio público, o qual não lhe pertence, portanto, em benefício de si próprios.


                                     IMPOTÊNCIA E RESIGNAÇÃO

Não há, na história da humanidade, qualquer forma de opressão ou imposição pura e simples, mesmo amparadas por ordenamento político e jurídico ou por força militar, que sempre dure, pois, o oprimido, a maioria, se submete por impotência ou impossibilidade, por um certo tempo, mas não aceita a condição que lhe rouba a dignidade, o bem supremo da liberdade e as condição básicas de uma vida tão justa e plena quanto possível.






                                          DO POVO E PARA O POVO

O celebrado estadista e presidente americano Abraham Lincoln, proferiu em 19 de novembro de 1863, no Cemitério Militar de Gettysburg, quatro meses após a batalha de Gettysburg, decisiva para o resultado da Guerra de Secessão que terminaria unindo os Estados Unidos, o discurso no qual reafirmou o renascimento da nação, numa ode à soberania do povo e à sua força e liberdade, "....que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desapareça da face da Terra." Ode perene que a todas as nações deveria valer.


                                                                 DISTÂNCIA

Há sempre um enorme vácuo entre os ideais e as idéias proferidas na busca pelo poder e o germe inato do idealismo e da condição de estadista. O comum candidato a homem público, e a maioria deles o é, ao assumi-lo, se torna enebriado pelo afrodisíaco poder  que lhe rende glória, facilidades inúmeras e outras reverências. 
O estadista, preciosa e rara joia, defende e luta, naturalmente, por teses, princípios, desigualdades e injustiças que, por menor que sejam, ferem sua alma e seus valores de integridade. Transformado em político, bandeira de causas e líder, de dentro para fora, ele não se deixa atingir pelas fraquezas do caráter, as quais desconhece, e se diferencia de milhares de homens cordiais.
Assim tem sido com homens como Nelson Mandela, Abraham Lincoln e Mahatma Ghandi.




                                                                     ISOGONIA

O país é carente de líderes políticos da atual geração. Os movimentos sociais, com o consistente e rápido apoio da internet, germinam o seu grito de justiça e igualdade onde a inapetência e a ineficiência se acomodam. Nem mesmo o futebol, "paixão maior da pátria em chuteiras," consegue obscurecer a capacidade das novas gerações de exprimir a angústia represada e desejar melhor transporte, saúde, educação e a ter direito à sua dignidade.
Uma democracia, qualquer que seja, não é perfeita e assim tem sido desde sua criação na Grécia antiga, quando, entre outras coisas, as mulheres, os estrangeiros e os escravos não podiam votar, não tendo, portanto, igualdade de direito de expressão.
A isogonia que lhes era negada, é um direito mínimo de todos nas democracias de nossos tempos e o bom uso desse direito, pelo povo, poderá livrar o país da sua condição terceiro-mundista, para o bem das gerações mais antigas, que sempre viveram de turbulências, pequenos avanços, ceticismo e muita esperança, e das mais novas que, sinceramente, desejam viver o brilho e a certeza advindas das realizações concretas, e não apenas de esperança!